sexta-feira, 4 de abril de 2014

Luiz Marins - Invista em sua imagem
marins9Tenho recebido dezenas de mensagens e reclamações de pessoas preocupadas com a forma como as pessoas, de modo geral, têm se vestido para trabalhar. Recebo também muitos pedidos para desenvolver o que se chama de dress code ou “código de vestir” para empresas e mesmo observado que muitas estão adotando uniformes para seus trabalhadores como maneira de reagir à forma pouco adequada com que as pessoas têm se trajado no ambiente de trabalho. Uma das tantas mensagens diz: “Um tema que eu acho indispensável é a forma deselegante que algumas mulheres se apresentam no trabalho: unhas coloridas, cabelos coloridos, roupas curtas, decotadas e por aí se vai... Os homens também estão cada vez mais deselegantes. A boa aparência, o cuidado com visual... Precisamos de orientação...”.

O que quero chamar a atenção é que essa preocupação vem crescendo nos últimos tempos entre dirigentes empresariais de todos os setores. Há um movimento para a volta dos uniformes para coibir os exageros que estão sendo verificados entre funcionários que não têm tomado o devido cuidado e atenção, principalmente no vestir, criando situações constrangedoras com potenciais problemas jurídicos de assédio sexual e moral para as empresas.


Em ambientes privados, as pessoas podem se trajar ou se comportar como bem desejarem. Em ambientes públicos, não. É preciso lembrar que o ambiente de trabalho é um ambiente público e não privado. Ou seja, as pessoas devem ter civilidade, isto é, respeitar as demais pessoas que lá convivem.


Vejo que muitos alegam que gostam do que usam e que “gosto não se discute”. E ainda que sentem-se no direito de se trajar ou usar adereços como bem entenderem. Entretanto, a civilidade indica que não temos o direito de ofender ou mesmo tornar um ambiente público desconfortável pelo exercício de nosso direito individual. Isso faz parte da civilidade e não da lei.


A verdade, sentida por muitos, é que é preciso que tenhamos mais civilidade no mundo atual, sob pena de termos que assistir a criação de mecanismos de restrição parcial da liberdade por causa da falta de bom senso e civilidade das pessoas.


Pense nisso. Sucesso!


Luiz Marins