quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A importância da Economia Tributária


*Valéria Gravino



Todo empreendedor procura direcionar os seus esforços para a venda de seus produtos e serviços, de forma eficiente e econômica com preços competitivos.

São tantas as atividades e competências a serem exercidas, que a economia tributária ou planejamento tributário acaba por ser deixada a cargo dos contadores inteiramente, sem a participação dos empreendedores.

A economia tributária é essencial para a decolagem dos negócios em um empreendimento. É necessário que o empreendedor busque o conhecimento a respeito das operações e das obrigações tributárias, que conheça mecanismos legais de redução de tributos, que acompanhe os passos de seus contadores e que busque auxílio de profissional jurídico.

Na maioria das vezes, não ter conhecimento nenhum a respeito de tributação, leva excelentes empreendimentos à quebra. Sem saber estabelecer a composição do preço dos serviços e produtos oferecidos no mercado, estes não se tornam competitivos o suficiente, uma vez que na elaboração do preço, os tributos incidentes não foram considerados e o prejuízo será certo.

Cenário igualmente ruim, é desconhecer totalmente as obrigações tributárias. O descumprimento delas, leva à cobranças bastante consideráveis baseadas na taxa de juros Selic e certamente a processos de execuções fiscais com direito ao acréscimo da cobrança de multas e demais encargos, o que ajuda a atravancar os negócios, tendo em vista o nível da correção dos valores cobrados, tornando as dívidas impagáveis, penhorando bens e tornando impossível a participação das empresas devedoras nas licitações públicas.

Desta forma, conhecer o que se paga ao governo, as causas e consequências envolvidas nas operações  tributárias é primordial se o empreendedor quiser manter o seu negócio saudável. Não basta ter apenas uma boa assessoria contábil. É preciso um mínimo de educação tributária.

Portanto, conhecer o sistema tributário, permite que o empreendedor torne-se um player competitivo no mercado ao qual se lançou e evita que planejamentos equivocados, com o fim de alcançar a economia tributária levem a empresa à falência e à todas as mazelas que isso pode acarretar.

*Advogada, MBA em Direito Tributário, MBA em Gestão e Business Law, pela FGV -RJ, professora de cursos de treinamento nas áreas tributária e empresarial.

Fonte: www.administradores.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Comunicação no trabalho


*Mauro Azevedo de Ávila



Conhece a definição da palavra comunicação? Em essência, você certamente conhece. Mas vamos a sua definição conforme o dicionário Michaelis, que é longa, mas pode ser resumida como: "ação, efeito ou meio de comunicar. Aviso; participação; trato, amizade; reclamação, correspondência". Particularmente gosto desta parte: "Processo pelo qual ideias e sentimentos se transmitem de indivíduo para indivíduo, tornando possível a interação social."

A comunicação é realmente essencial se queremos manter laços com outras pessoas, sejam estes amorosos, de amizade, sociais, familiares ou profissionais.

Quando buscamos formas de nos comunicar, estamos buscando também meios de aproximação. Queremos nos expressar, ser entendidos e compreendidos. É gratificante quando explicamos determinada situação ou explicamos nosso ponto de vista e percebemos que a outra pessoa ou grupo de pessoas conseguiram compreender nossas ideias.

O contrário também é verdadeiro. Quando nosso ouvinte não entende o que dizemos, ficamos frustrados. Nos resta buscar outros meios de explicar, quem sabe até fazer um desenho se for o caso (funciona com crianças!).

No entanto, para que a comunicação realmente atinja seu objetivo, necessitamos de algo básico: um ouvinte. Óbvio? Nem tanto. Sabia que existe uma grande diferença entre escutar e ouvir? Vamos recorrer outra vez ao Michaelis. De modo simplificado, temos:
Escutar - Prestar atenção para ouvir; dar atenção.
Ouvir - Entender, perceber pelo sentido do ouvido; escutar o que alguém tem a alegar de fato e de direito; Dar ouvidos, escutar, prestar atenção.

Sim, existe uma grande diferença. E é exatamente esta diferença que vai delimitar a linha, muitas vezes tênue, entre escutar e ouvir. Ouvir requer sensibilidade, sentimento, empatia, humildade, paciência. Escutar é coisa que qualquer um faz, qualquer orelha sem cérebro escuta e depois vomita respostas prontas, simplistas, evasivas, impensadas, inapropriadas, indiferentes.

Levando tais considerações para a vida diária podemos dizer que o ato de escutar simplesmente não vai agregar nada para quem requer a atenção, ou expõe seu sentimento. Mas quando ouvimos a outra pessoa e, ao emitir nossa opinião ou ao responder um questionamento o fazemos com consciência de modo pensado e contemplativo, estamos dando valor ao outro, sendo amigos, amorosos, empáticos. Estamos ouvindo, de fato.

Em âmbito profissional a qualidade de saber comunicar-se e ser bom ouvinte durante um processo de comunicação pode fazer a diferença. Principalmente se exercermos uma função de liderança. Um líder deve saber comunicar suas intenções e suas ideias não só a seus superiores, mas principalmente a seus liderados. Do contrário estará pondo em risco o bom êxito do trabalho ou no mínimo a equipe terá maior dificuldade em realizar as tarefas, algo que pode ser cansativo e frustrante.

E mais ainda, um líder precisa saber ouvir, para emitir sua opinião ou mesmo a sua definição sobre um assunto, de forma pensada e assertada. Mas a cereja do bolo, o que vai fazer a grande diferença entre um líder e um líder medíocre, em relação ao saber ouvir, é a sua capacidade de demonstrar humanismo, ser empático, ser ético, ao ouvir. O líder que sabe ouvir, de modo a entender seu liderado, fazendo uma análise do todo, estará não só entendendo uma situação, mas também estará entendendo a melhor forma de aproveitar o potencial de cada um, promovendo oportunidades, aproveitando potencialidades, ajudando a desenvolver competências latentes. E, fazendo isso, estará desenvolvendo a si mesmo.

Mas, caso persista em manter um ponto de vista tacanho quanto a ouvir seus subordinados, de modo a entender e compreender suas necessidades e anseios, poderá estar perdendo bons profissionais e a longo prazo a sua própria carreira.

*Técnico em Administração

Fonte: www.administradores.com.br

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Tenha atitude e desenvolva sua liderança

*Carlos Vitorino


Quantas vezes nós já nos deparamos com a seguinte pergunta: “Qualquer um pode ser Líder?”, podemos dizer que diariamente em nosso caminho pessoas tentam buscar a liderança, no entanto, alguns falham na tentativa e acabam desistindo no meio do caminho e outros se destacam dentro do escopo que estão inseridos.

Através de um estudo amplo, onde pude observar vários palestrantes cujo tema era liderança, e de ler vários livros escritos por verdadeiros mitos da liderança nacional e internacional que dispuseram seus grandes conhecimentos e experiências ao alcance de qualquer pessoa que queira se desenvolver e aprender novos conceitos para o seu desenvolvimento pessoal, analisei também, várias teses e artigos interessantíssimos que contribuíram para o desenvolvimento e entendimento desse tema.

Diante desse material riquíssimo de sabedoria, um palestrante me chamou a atenção com seu jeito simples de sintetizar o tema liderança, difundindo e encorajando corações em busca de seus objetivos. Alfredo Rocha o palestrante mais assistido do Brasil em uma de suas palestras disse que “todos temos condições de sermos lideres, pois, já vencemos a maior batalha diante de milhares de espermatozoides para chegar em primeiro lugar ao útero de nossas genitoras e nascermos”.

É claro que em algumas pessoas existe uma diferença de variação genética, onde, um individuo pode ser mais extrovertido que o outro deixando mais evidente a liderança estampada em suas atitudes, ou seja, é aquela pessoa que tem “espuleta”, sempre querendo resolver os problemas ou encontrar solução para futuros acontecimentos no calor do momento em que lhe é apresentado o contexto.

O processo de liderança consiste numa aprendizagem ao longo do tempo, tendo em vista que os acontecimentos diários servirão de experiência ou modelo para a tomada de decisões em momentos posteriores, não podendo assim, ser ignorados como fatos isolados.

A grande noticia é que o desenvolvimento de habilidades e atitudes atribuídas a hábitos saudáveis podem ajudar a consolidar conceitos dentro de cada individuo, seja intrinsecamente ou extrinsecamente favorecendo os atributos necessários para uma liderança de resultados extraordinários.

*Graduado em Administração de Empresas, MBA em Gestão de Equipes e Lideranças e MBA em Gestão de Empresas.

Fonte: www.administradores.com.br

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A Importância da Gestão Financeira


*Anderson Tonnera de Carvalho





Muitas empresas e organizações passam grandes problemas no âmbito financeiro por longos períodos, onde percebem que a operação está funcionando e a receita da empresa está ocorrendo de forma aparentemente normal, contudo, o grande objetivo da empresa acaba não se concretizando: O lucro. É importante notar que o maior objetivo de uma organização deve ser a sua lucratividade (óbvio que para que isso ocorra é necessário a receita, mas ela não é o “autor principal” desse movimento).

A gestão financeira deve ser entendida como um conjunto de ações para potencializar o resultado econômico de um negócio e um entendimento que muitas vezes fica em segundo plano é o do ponto de equilíbrio. O ponto de equilíbrio é o valor que a operação da empresa deve gerar afim de pelo menos cobrir os custos da operação do seu negócio.

Para chegar a este valor, são necessários estudos minuciosos que venham a identificar os principais custos da empresa, bem como entender a composição de receita da mesma e assim poder entender o ponto “x” onde a partir daquele ponto o negócio da empresa passa a se tornar lucrativo. É importante ressaltar que dentro de uma empresa podemos ter pontos de equilíbrios diferentes, o que será explicado mais adiante neste artigo.

É importante entender que o ponto de equilíbrio deve ser visto como um indicador de segurança, ou seja, estar abaixo deste indicador representa um grande risco para negócio, seja ele presente em qualquer tipo de ramo de atuação. Em um conceito mais superficial, o ponto de equilíbrio pode ser entendido como o resultado a alcançar que elimina a empresa de qualquer possível prejuízo.

Ao analisar o indicador de ponto de equilíbrio em percentual, é interessante entender que quanto menor este índice melhor é para a empresa, pois significa que o negócio possui baixo risco sob a avaliação desenvolvida. A fórmula matemática para o cálculo do ponto de equilíbrio é:

Ponto de Equilíbrio = (Custo Fixo / (Receita - Custo Variável)) x 100

Margem de Contribuição = Receita – Custo Variável

Exemplo: Uma empresa de distribuição de produtos de perfumaria atende uma rota específica para o estado do Amazonas e deseja saber se tal rota é lucrativa ou não. Como chegar a este ponto de equilíbrio?

1)  Deve-se considerar todos os custos para a entrega:

Gasolina
Depreciação do caminhão
Profissionais envolvidos
Custos com manutenção do caminhão
Custos com separação
Demais custos indiretos no processo

2)  Verificar todas as receitas geradas dentro desta rota em específico

3)  Levantar todos os custos gerais da empresa e fazer o rateio proporcional a esta unidade de negócio (custos com energia e material de escritório, por exemplo)

Custo Fixo:       R$ 1.280.000,00

Custo Variável: R$  750.000,00

Receitas:           R$ 3.200.000,00

PE = (1.280.000,00 / (3.200.000,00 – 750.000,00) x 100

PE = 52%

Em linhas gerais, o cálculo do ponto de equilíbrio é vital para qualquer tipo de negócio e isso envolve qualquer amplitude de análise:

a)     Indústria

b)    Comércio

c)     Prestação de Serviço

d)    Entre outros 

O ponto de equilíbrio deve ser entendido e verificado antes mesmo de se iniciar qualquer tipo de negócio e deve aplicado, também, a negócios já existentes. O ponto de equilíbrio, mesmo sendo uma ferramenta financeira precisa ser comunicada com toda a empresa, afim de criar uma comunicação clara na empresa de onde os esforços e recursos devem ser empregados.

*Graduado em Administração e Pós-Graduação em Gestão da Qualidade pela UFF.

Fonte: www.administradores.com.br