segunda-feira, 30 de março de 2015

Marketing na Medida para Pequenas e Médias Empresas

Jimmy Cygler*



As pequenas e médias empresas só têm esta definição em função do seu tamanho que é determinado, via de regra, pelo número de pessoas que empregam ou pelo seu faturamento. Mas os problemas e desafios dessas companhias, entretanto, nada têm de “pequenos” ou “médios”. Aliás, na maioria dos casos, as dificuldades são até maiores às das grandes corporações, pois não há recursos financeiros e nem profissionais suficientes para trabalhar em uma parte sequer do vasto arsenal do marketing. Inclusive, o departamento de marketing, ou um gerente/encarregado da área, normalmente inexiste.

Para começar, as PME´s, têm desafios formidáveis para concorrer com as grandes empresas que, com o poder de suas marcas e estruturas, muitas vezes transnacionais, bloqueiam o acesso das empresas menores, criando barreiras de entrada de todo tipo. Estas barreiras podem ser de natureza econômico/financeira, de investimentos em infra-estrutura - qual PME consegue erguer uma hidrelétrica, uma estrada ou uma usina siderúrgica? -, de reputação - nenhum executivo jamais foi demitido por contratar a IBM-, ou de alinhamento - a matriz definiu que irá contratar a Deloitte no mundo inteiro-, entre outras.

É evidente que uma pequena ou média empresa irá competir, no início, com as companhias do mesmo porte, mas é no mercado das grandes que normalmente o “filé mignon” está escondido e protegido. O que a PME deve fazer, então? Para começar, seu líder ou gestor deve procurar entender o que é marketing, qual a sua importância para a sobrevivência da empresa e se conscientizar de que todos, do porteiro ao presidente, precisam pensar e praticar a cultura do marketing voltado ao cliente, e demonstrar isto em tudo o que faz, para liderar pelo exemplo. As pessoas são sua principal arma.

“As melhores ferramentas são as que você tem e o melhor momento é agora”, alguém disse. Os instrumentos de marketing que a pequena e a média empresa dispõe, portanto, são os próprios colaboradores. Incutindo a cultura de marketing neles como parte integrante de seu DNA, estes profissionais serão multiplicadores das idéias que forem criadas e priorizadas, praticamente sem custo.

Os clientes também são fundamentais. Nenhum marketing é mais barato e eficaz do que aquele feito pelos próprios clientes, que geralmente trazem, de bandeja, mais negócios e mais clientes. Fomentar o boca-a-boca positivo, fidelizar os clientes da casa, algo que se consegue através de uma entrega de serviço acima do esperado, é o melhor que uma empresa pode fazer para crescer de forma sustentável e rentável. Pesquisas da conceituada universidade norte-americana Harvard mostram que nada contribui mais para a lucratividade no longo prazo do que a lealdade dos clientes.

A PME também pode usar a guerrilha como tática. Se Davi derrubou Golias, por que a pequena empresa não pode se valer do que tem para se diferenciar no mercado? As armas, para isso, são simples e estão à disposição, tais como:

Site. Onde procuramos hoje uma empresa? Na Internet. Mais precisamente no Google ou outro mecanismo de busca parecido. Então, basta construir um site simples, objetivo, fácil de navegar, que diz claramente o que a empresa oferece e porque o cliente deve comprar dela. Depois, direcione boa parte de sua verba de marketing (que deve ser bem restrita, por sinal) em patrocínio de palavras-chave do seu negócio em sites de busca. Não esqueça de colocar estas palavras-chave várias vezes dentro de seu site. Se sua empresa não aparece na busca entre os três, quatro primeiros, não serve.

Atendimento. A primeira tática funcionou e o prospect quer conversar com sua empresa. E agora? Ela está pronta para atender a consulta prontamente, independente do canal que o cliente escolher? Isto significa contar com uma boa e bem instruída recepcionista, que sabe identificar quando é um cliente da casa ou uma consulta nova e para quem deve encaminhar a ligação, conforme a necessidade. Isto também significa responder qualquer e-mail no mesmo dia, de forma pertinente e com um bom português.

Identidade Corporativa. Clientes visitam sua empresa pessoalmente? Ligam para ela? Mandam e-mails? Observe você mesmo com olhar de um cliente chato. Gostou do que viu? Se não, corrija. A segunda impressão também ratifica e fica. (A primeira foi ao telefone ou no e-mail, lembra?). Identidade tem que ser consistente, em todos os pontos de contato. Seu cartão de visita, o papel carta, a nota Fiscal, têm a mesma cara do site e do letreiro da empresa?

Cuide dos clientes da casa. Na verdade, esta é a tática mais importante de todas. Dependendo do produto ou serviço que sua empresa vende, conquistar um cliente novo pode custar entre cinco e vinte vezes mais do que manter aquele que já é cliente. Esta parece ser uma tarefa quase impossível, num mundo de clientes insaciáveis, mas acredite: é possível, sim. Basta querer, de verdade, serví-los. Por último, lembre: toda vez que um cliente reclamar, respire e aproveite a deixa que ele está dando para sua empresa. Se ele realmente tivesse desistido, simplesmente teria ido embora. De fininho.

*Professor do MBA da ESPM e do PDA da Dom Cabral,Associado ao IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, Membro fundador do Comitê de Estratégia e Planejamento do CRA

Fonte: http://www.ogerente.com.br/

segunda-feira, 23 de março de 2015

Estratégia: 

o personagem principal na gestão de negócios


Larissa Flores*


Segundo Michael Porter: “Estratégia é mais importante do que crescimento”. Dado este conceito cabe refletir sobre suas influências em relação ao mercado e ao cliente.



Uma estratégia bem elaborada é uma carta na manga para o gestor. A execução com cautela e objetividade em cada ação envolve todos dentro de uma organização. Para isso é essencial que haja sinergia entre a equipe e o gestor.

A construção de uma estratégia envolve a criatividade e a percepção de um cenário, neste caso o cenário atual e uma perspectiva futura de como estará o mercado, esses fatores devem ser estudados cuidadosamente para que um conceito de produto ou serviço possa ser criado.

A contextualização do segmento em relação a movimentação da concorrência é também um fator chave na construção de uma estratégia. Toda esta movimentação para prospectar novos clientes torna o mercado cada vez mais competitivo. O que para o consumidor é muito interessante levando em consideração a qualidade, a precificação e a diversidade de produtos e serviços dentre os segmentos.

Mas pensando em estratégia, qual o papel do consumidor? Porque ele é tão importante no planejamento de empresa? O planejamento é criado para que se consiga alcançar as perspectivas do cliente, o que no mundo dos negócios seria a criação de necessidades. Todavia, saber quais são os interesses do seu cliente é o primeiro passo para a criação das necessidades ( parte-se do princípio de que entender o cliente é uma forma de mapear a estratégia para atingi-lo).

Se você tem um negócio ou, pretende ter pense nisso: "O sucesso esta na forma como você caminha para chegar ao seu objetivo. Desta forma, a estratégia é o mapa que norteia o seu percurso" . Neste caso, seja um estrategista. Fica a dica.

Poderia ainda dizer que a estratégia quando bem aplicada muda o cenário do mercado e diretamente transforma a percepção do cliente. Assim a estratégia é vista como um personagem principal na gestão de negócios. Onde o cliente é apenas o coadjuvante.

*Tecnólogo em Gestão Comercial

Fonte: http://www.administradores.com.br/

segunda-feira, 16 de março de 2015

Como aumentar seus lucros melhorando 
o processo de compras

Antonio Roberto Freire Lamas*

Um bom processo de compras é essencial para qualquer tipo e tamanho de negócio, pois sendo bem feito pode levar seu negócio a ser mais competitivo e, ao mesmo tempo, ser mais lucrativo.



Na verdade, se formos pensar bem, um bom processo de compras é bom não só no mundo empresarial, mas também em nossa vida pessoal. O consumidor tem cada vez mais cuidado na hora da compra, faz cotação de preços entre os diversos concorrentes que oferecem aquele produto ou serviço que se está precisando ou desejando adquirir.

O sucesso de sites que fazem comparação de preços se deve a esse cuidado do consumidor.

Como então deve ser um bom processo de compras nas empresas? Seria apenas cotar o fornecedor mais barato e realizar a compra? Infelizmente não é só isso. Esta ação até faz parte do processo, porém o todo não se restringe a apenas isso. O processo de compras envolve as quatro áreas funcionais de todo negócio: financeiro, operacional, marketing e recursos humanos. Isso tudo? Sim, envolve várias pessoas e setores da empresa.

Tudo começa com as informações sobre o volume de vendas de cada produto ou mercadoria que a empresa oferece ao mercado. Estas informações servem para indicar a quantidade de cada item que a empresa precisa ter para que não falte o que o cliente procura. O setor de marketing então pode fazer uma projeção de vendas, já que sabe seu volume atual comercializado.

Sabendo a quantidade que precisa ter de cada produto de forma que não falte para o cliente (vendas atuais), e sabendo a projeção de vendas (vendas futuras), chega a vez do pessoal do estoque trabalhar, verificando a quantidade de produtos que tem na casa e que volume precisa ser comprado com base nas vendas e projeções de vendas.

Passada ao comprador a quantidade de produtos necessários para se abastecer com base nas vendas, agora sim, chega o momento de “comprar bem”, ou seja, cotar, pechinchar, jogar prazos para lá a para cá, enfim, negociar. E, assim, termina o processo de compras...ei! nada disso! E o que falta ainda? Falta falar com a autoridade da empresa que trata com dinheiro: O financeiro.

Depois de negociar o melhor preço e prazo com o fornecedor, o comprador deve ter contato com o financeiro para se informar se a empresa tem capacidade de pagamento do valor da compra no dia em que ficou negociado para pagamento. E como o financeiro sabe se a empresa tem capacidade de pagar o valor da compra no prazo combinado com o fornecedor? Olhando o seu fluxo de caixa.

Negócio fechado, pedido feito, agora entra o último personagem, o recebedor. Este, ao chegar as mercadorias, irá conferir se tudo está como combinado na hora em que o comprador fez o pedido e se a mercadoria está em bom estado. Verifica-se se está de acordo com o pedido: a quantidade de produtos que vieram, a marca que foi pedida, o preço que foi negociado, a data de validade dos produtos (se for o caso), a qualidade da mercadoria, dentre outras coisas.

O aperfeiçoamento no processo de compras proporcionará ao seu negócio a otimização de recursos e melhoria na lucratividade.

*Graduado em Administração pela UFRN e pós-graduado com MBA em Administração Financeira pela FARN.

Fonte: www.administradores.com.br

segunda-feira, 9 de março de 2015

Peter Drucker - o pai da moderna gestão de empresas

    Jeniffer Elaina da Silva*



É difícil falar de gestão sem se lembrar de Peter Drucker, que deixou tantos ensinamentos sobre administração.

Peter Drucker foi um filósofo, escritor, professor de Ciências Sociais e economista que nasceu no dia 19 de novembro de 1909, em Viena, Áustria, e faleceu no dia 11 de novembro de 2005, nos Estados Unidos, Califórnia.

Ideias de Peter Drucker

Considerado o inventor da administração moderna e um dos maiores especialistas em gestão de negócios, Peter Drucker, criou várias teorias como a gestão por objetivos, privatização, descentralização, cliente sempre em primeiro lugar, qual o papel do líder e também a Era da Informação.

Na gestão por objetivos, Drucker diz que a gestão precisa de planeamento, avaliação através de fatores quantitativos. Sobre privatizações ou "(re) privatizações", aponta a privatização de serviços públicos como forma de diminuir a burocracia. Já quando o assunto é descentralização, entra o fator de divisão de trabalho.

Entre suas ideias, sempre afirmou que a empresa que conseguisse vender o serviço ou produto certo para o cliente certo, com um preço adequado e uma distribuição correta no momento oportuno, poderia realizar vendas automáticas, sem qualquer esforço, já que estes são itens básicos para qualquer negociação.

O filósofo Peter Drucker também considerava a eficiência do trabalhador como peça muito importante na gestão de empresas, com o livro "The effective executive", que mostra como transformar as pessoas em líderes eficazes.

Obras de Peter Drucker

Na sua carreira, o que não faltam são livros escritos por este filósofo. A lista é grande, mas traz diversos ensinamentos sobre suas ideias. Algumas são:

Tentar fazer o bem. (São Paulo: Rocco)
O gerente eficaz. (São Paulo: LTC, 1967)
Administração em tempos turbulentos. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1980)
Reminiscências de Viena ao novo mundo. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1982)
50 casos reais de Administração. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1983)
As fronteiras da Administração. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1989)
A nova era da Administração. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1992)
Administração de organizações sem fins lucrativos. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1994)
Administração em tempo de grandes mudanças. (São Paulo:Thomson Pioneira, 1996)
MALFERRARI, Carlos Afonso. As novas realidades. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1997)
Fator humano e desempenho. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1997.
NAKAUCHI, Isao; MONTRINGELLI JR., Nivaldo. Ducker na Ásia. São Paulo: Thomson Pioneira, 1997)
Administrando para o futuro. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1998)
Introdução a Administração. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1998)
A profissão de administrador. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1998)
A prática de administração nas empresas. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1998)
MALFERRARI, Carlos J. Inovação e espírito empreendedor. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1998)
Desafios gerencias para o século XXI. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1999)
Sociedade pos capitalista. (São Paulo: Thomson Pioneira, 1999)
O melhor de Peter Ducker. (São Paulo: Nobel, 2001)
O melhor de Peter Ducker – A sociedade. (São Paulo: Nobel, 2001)
O melhor de Peter Ducker – O homem. (São Paulo: Nobel, 2001)
O melhor de Peter Ducker – A administração. (São Paulo: Nobel, 2001)
Terceiro setor. (Sao Paulo: Futura, 2001)
Administrando para obter resultados. (São Paulo: Thomson Pioneira, 2002)
A Administração na próxima sociedade. (São Paulo: Nobel, 2003)

Frases de Peter Drucker

Com uma extensa carreira e vários livros lançados, o autor possui diversas frases célebres, que são muito utilizadas em faculdades nas disciplinas sobre gestão. Algumas delas são:

"Os principais sinais de uma mudança fundamental nas pautas de consumo poucas vezes aparecem entre os próprios clientes, normalmente surgem primeiro entre os não clientes."
"O marketing e a inovação são as duas funções principais dos negócios. Você tem que criar um cliente, ou seja, vender. E tem que criar novas dimensões de conquistas, ou seja, inovar. Todo o resto é calculo de custos.
"Toda a organização está sempre competindo por seu recurso mais essencial: pessoas qualificadas e com conhecimentos."
"Para que possam sobreviver, os líderes devem deixar de ser os condutores autoritários do passado e converter-se em integrantes das equipes do futuro."
"Existem dois tipos de riscos: Aqueles que não podemos nos dar ao luxo de correr e aqueles que não podemos nos dar ao luxo de não correr."
"O planejamento de longo prazo não lida com decisões futuras, mas com o futuro de decisões presentes."
"Onde quer que você veja um negócio de sucesso, pode acreditar que ali houve, um dia, uma decisão corajosa."

Assim como estas citadas, existem muitas outras frases famosas de Peter Drucker e vale a pena ler sobre elas, pois tendem muito a ensinar sobre gestão.

*Formada em Marketing e com pós-graduação em Administração de Empresas na FGV.

Fonte: www.portal-gestao.com