sexta-feira, 1 de abril de 2011

Europa investe na transformação de lixo em energia


Todo o lixo descartado normalmente nas casas e escritórios pode ser transformado em energia elétrica. A técnica, comum em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, começa a ser experimentada no Brasil.

Trata-se do chamado waste-to-energy (do lixo à energia). Quase tudo o que vai para o lixo – com exceção de metais e vidros – pode ser incinerado e, na queima, esses materiais liberam altas quantidades de energia, que podem ser capturadas. Cada tonelada queimada gera de 500 a 600 kWh.

Para o especialista do Conselho de Pesquisa em Tecnologia de Geração de Energia a partir de Resíduos (Wtert), Sérgio Guerreiro, a técnica reduz os nossos problemas de destinação do lixo. “O Brasil não tem mais espaço para aterros sanitários e os aterros são prejudiciais ao solo, liberam o chorume, líquido cheio de poluentes”, pondera.

Em média, as usinas europeias queimam mais de 10 mil toneladas de lixo por dia. Cerca de vinte países, incluindo Alemanha, Dinamarca, Holanda e Suécia adotam a técnica. Nos Estados Unidos, são mais de 80 usinas que processam até 28 milhões de toneladas por ano.

No Brasil, existe apenas uma usina desse tipo. O projeto é experimental, lançado em 2008 por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Além disso, a técnica da incineração é usada com bagaços de cana por empresas que produzem álcool combustível, como a Cosan.

Guerreiro, porém, vê muito mais potencial na ideia. A queima de lixo sofre resistência porque há o risco de poluição do ar. Mas, segundo o pesquisador, já existem técnicas que diminuem o número de poluentes no ar, por exemplo, controlando a temperatura da queima. “Na Alemanha, ambientalistas já defendem a incineração porque os aterros são muito mais danosos, o país inclusive proíbe a criação de aterros como os que temos no Brasil”.

Fonte: 3M Inovação

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