Como competir em um
cenário de crise em 2015
Jonathas Mendes*
As crises são inerentes a nossa
sociedade. Ter uma visão simples do processo empresarial, pode ajudar empresas
e empreendedores a tomarem decisões e competir em um cenário com escassez de
recursos.
Sugestões para esse ano de 2015:
• Reter talentos – Segundo a
Catho, 7 em cada 10 profissionais querem trocar de empregos esse ano. Os custos
envolvidos na contratação e treinamento de novos profissionais é elevado, ou
seja, em momentos de crise, reter profissionais será a solução. Mas como reter
em momentos de crise? Entender o motivo da saída do profissional é uma forma de
melhorar os processos de RH e os processos internos. Investir em Endomarketing,
não quer dizer que se despenderá um monte de dinheiro, mas uma pouco de estudo
e vontade pode trazer benefícios já em 2015 e a longo prazo.
• Planejamento Estratégico –
Toda a empresa grande, média ou pequena, deve fazer planejamento, ao contrário
de outras ferramentas, não é apenas um modismo. Saber o caminho que se quer
trilhar é de suma importância para organização. Nos momentos de crise e poucos
recursos é de fundamental importância, pois recursos são escassos e mais caros.
No Brasil o Planejamento Estratégico deve ser avaliado com carinho, as mudanças
tributárias, fiscais e a burocracia encarece o produto final e gasta horas de
mão de obra. Então ter um Planejamento Estratégico, não só é importante, como
pode ser a diferença da sobrevivência da empresa.
• Reduzir Custos – Os custos com
energia esse ano prometem reduzir os lucros das empresas, então criar
estratégias para a redução dos gastos, tanto com energia ou com outros insumos
será importante para o gestor. Não ter um plano de longo prazo é uma situação
comum nas empresas. Fazer reuniões com o chão de fábrica, funcionários de base e
baixa gerencia, pode trazer soluções práticas e criativas. Usar todos os
recursos ao seu dispor é o que o bom gerente faz, não usar os recursos é
desperdício, logo aumentos dos custos.
• Inovação – Escuto a muito que o
empresariado brasileiro é criativo, pois “rebola” para se ajustar aos juros,
tributação e outros problemas inerentes ao país. Mas o que realmente existe é
uma adaptação, preços altos e muitos serviços e produtos que não atendem alguns
critérios de qualidade e principalmente de inovação. Vejo a inovação brasileira
aquém de países como Suíça, EUA, Rússia e Chile. Existe inovação? Existe, mas
não como deveria ser. Há uma infraestrutura empresarial e governamental que
apoiam a inovação? Não, mas isso não pode ser usado como desculpa. Apesar de todos
os problemas e preços altos, os consumidores brasileiros estão dispostos a
pagar preços altíssimos em produtos inovadores - eletrônicos e carros, que
geralmente tem tecnologia de inovação importada. Então percebo que há espaço
para vender e competir, mas precisamos criar marcas de consumo fortes e
inovadoras. Não esperar o governo para isso.
• Criatividade – Para qualquer
pessoa no mundo a criatividade pode ser a diferença para se destacar, por que
não seria para uma empresa. Pensar a gestão de forma diferente é o passo para o
futuro. Como fazer? Não sei, cada gestor deve entender o seu mercado e a sua
empresa. Deve ver além do simples e básico, não se prender a mesmices,
ferramentas ou conceitos já impostos. Pensar fará a diferença. Deixe de ser o bombeiro
da sua empresa e seja o gestor que sonhou quando a fundou. Se você leu até aqui
e não é o fundador da empresa que trabalha, não se acanhe, criar está em todos
nós, faça a diferença na sua organização, se não for o suficiente para você,
mude. Se você acha que sua criatividade não é aproveitada, mude, mas tenha
certeza disso, não se deixe levar pela emoção.
O ano será de oportunidades,
aproveitem. Quem estiver focado, for criativo e planejar sairá na vantagem.
*Consultor na área de Compras e Gestão Estratégica
Fonte: Artigo adaptado do site www.administradores.com.br
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