sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Como competir em um cenário de crise em 2015

Jonathas Mendes*

As crises são inerentes a nossa sociedade. Ter uma visão simples do processo empresarial, pode ajudar empresas e empreendedores a tomarem decisões e competir em um cenário com escassez de recursos.



Sugestões para esse ano de 2015:

Reter talentos – Segundo a Catho, 7 em cada 10 profissionais querem trocar de empregos esse ano. Os custos envolvidos na contratação e treinamento de novos profissionais é elevado, ou seja, em momentos de crise, reter profissionais será a solução. Mas como reter em momentos de crise? Entender o motivo da saída do profissional é uma forma de melhorar os processos de RH e os processos internos. Investir em Endomarketing, não quer dizer que se despenderá um monte de dinheiro, mas uma pouco de estudo e vontade pode trazer benefícios já em 2015 e a longo prazo.

Planejamento Estratégico – Toda a empresa grande, média ou pequena, deve fazer planejamento, ao contrário de outras ferramentas, não é apenas um modismo. Saber o caminho que se quer trilhar é de suma importância para organização. Nos momentos de crise e poucos recursos é de fundamental importância, pois recursos são escassos e mais caros. No Brasil o Planejamento Estratégico deve ser avaliado com carinho, as mudanças tributárias, fiscais e a burocracia encarece o produto final e gasta horas de mão de obra. Então ter um Planejamento Estratégico, não só é importante, como pode ser a diferença da sobrevivência da empresa.

Reduzir Custos – Os custos com energia esse ano prometem reduzir os lucros das empresas, então criar estratégias para a redução dos gastos, tanto com energia ou com outros insumos será importante para o gestor. Não ter um plano de longo prazo é uma situação comum nas empresas. Fazer reuniões com o chão de fábrica, funcionários de base e baixa gerencia, pode trazer soluções práticas e criativas. Usar todos os recursos ao seu dispor é o que o bom gerente faz, não usar os recursos é desperdício, logo aumentos dos custos.

Inovação – Escuto a muito que o empresariado brasileiro é criativo, pois “rebola” para se ajustar aos juros, tributação e outros problemas inerentes ao país. Mas o que realmente existe é uma adaptação, preços altos e muitos serviços e produtos que não atendem alguns critérios de qualidade e principalmente de inovação. Vejo a inovação brasileira aquém de países como Suíça, EUA, Rússia e Chile. Existe inovação? Existe, mas não como deveria ser. Há uma infraestrutura empresarial e governamental que apoiam a inovação? Não, mas isso não pode ser usado como desculpa. Apesar de todos os problemas e preços altos, os consumidores brasileiros estão dispostos a pagar preços altíssimos em produtos inovadores - eletrônicos e carros, que geralmente tem tecnologia de inovação importada. Então percebo que há espaço para vender e competir, mas precisamos criar marcas de consumo fortes e inovadoras. Não esperar o governo para isso.

Criatividade – Para qualquer pessoa no mundo a criatividade pode ser a diferença para se destacar, por que não seria para uma empresa. Pensar a gestão de forma diferente é o passo para o futuro. Como fazer? Não sei, cada gestor deve entender o seu mercado e a sua empresa. Deve ver além do simples e básico, não se prender a mesmices, ferramentas ou conceitos já impostos. Pensar fará a diferença. Deixe de ser o bombeiro da sua empresa e seja o gestor que sonhou quando a fundou. Se você leu até aqui e não é o fundador da empresa que trabalha, não se acanhe, criar está em todos nós, faça a diferença na sua organização, se não for o suficiente para você, mude. Se você acha que sua criatividade não é aproveitada, mude, mas tenha certeza disso, não se deixe levar pela emoção.

O ano será de oportunidades, aproveitem. Quem estiver focado, for criativo e planejar sairá na vantagem.


*Consultor na área de Compras e Gestão Estratégica

Fonte: Artigo adaptado do site www.administradores.com.br

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